Delta do Parnaíba, ecoturismo na essência

by Inês Mélo

Afinal como se forma um delta?

Delta do Parnaíba

Um delta se forma quando um rio, ao encontrar o mar, divide-se em vários braços, criando um arquipélago fluvial. Esse fenômeno acontece pois os os sedimentos carregados pelo rio são depositados em sua foz, não conseguindo chegar até o mar. E assim várias baías são formadas mais próximo a desembocadura do rio os canais são mais largos, e mais distante, os canais são estreitos, e são chamados de igarapés, alguns navegáveis, outros são apenas “veias” e não é possível navegar por elas.

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E o Delta do Parnaíba, como está dividido?

Morro do Meio - Baía do Caju

As águas do Delta do Parnaíba se dividem em cinco canais principais – Igaraçu, Canárias, Caju, Melancieira e Tutóia –, cada um deles com características únicas, formando um mosaico de ilhas, dunas e manguezais.

Essa região de transição entre ecossistemas de água doce e salgada é conhecida como ecótono, caracterizada por manguezais, campos alagados, dunas móveis e restingas, que servem de abrigo e fonte de alimento para diversas espécies, da fauna e também da flora. Daqui se extraem os frutos do mangue, que alimentam tanto as comunidades ribeirinhas, quanto servem para apresentar nossos sabores aos visitantes.

Quais espécies vivem no Delta do Parnaíba

Observação de espécies no delta do Parnaíba

Essa região de transição entre ecossistemas de água doce e salgada é conhecida como ecótono, caracterizada por manguezais, campos alagados, dunas móveis e restingas, que servem de abrigo e fonte de alimento para diversas espécies, da fauna e também da flora. Daqui se extraem os frutos do mangue, que alimentam tanto as comunidades ribeirinhas, quanto servem para apresentar nossos sabores aos visitantes.


Um dos nossos ícones da fauna do Delta é o guará-vermelho, o eudocimus ruber, também conhecido como ibis scarlate, a ave possui plumagem intensa. Seu tom vibrante é resultado da pigmentação da alimentação rica em carotenos, presentes sobretudo nos crustáceos dos manguezais que formam a dieta das aves, e aqui no Delta do Parnaíba, os guarás se alimentam especialmente dos caranguejos. O guará-vermelho já esteve ameaçado devido à degradação dos manguezais e à caça, mas sua população vem se recuperando graças às ações de preservação.

Passeios para observação dos guarás

Durante os passeios no Delta do Parnaíba, é possível apreciar a beleza das aves guarás, bailando antes do preparo para dormir. O espetáculo das aves atingindo o céu de vermelho é um dos momentos mais memoráveis para os visitantes do Delta.

Mais um animal da nossa fauna deltaica, que merece destaque é o macaco-prego, cientificamente conhecido como sapajus
é um de nossos moradores ilustres. Sabe por que esses primatas habitam essa mata aquática? O manguezal serve de abrigo seguro contra os predadores, além de ser rico em alimento, como o caranguejo e os frutos. O local possui lama fofa e a água salobra que reduzem o ataque de predadores sob a superfície, se tornando um ambiente seguro para os animais. Curiosos e espertos, eles se apresentam naturalmente durantes os passeios, mas é importante lembrar que aqui nós não os alimentamos, e se eles resolverem não aparecer, estão em descanso, eles vivem livremente na região. Além do macaco-prego, temos o nosso belíssimo Bugio ( Alouatta guariba), e é bem comum aparecer quando adentramos aos igarapés do Delta do Parnaíba.

Comunidades tradicionais, artesanato e outros animais que vivem no Delta

pescador

Seja para admirar os guarás ao pôr do sol, navegar entre os desvios dos mangues, ou contemplar o esplêndor de um santuário tão grandioso, uma visita ao Delta do Parnaíba é uma experiência imperdível, impossível de esquecer.

O delta ainda é casa de jacarés, botos-cinzas, cobras d’água, além de ser um dos recantos da reprodução das tartarugas-marinhas no Brasil.
Além da riqueza ecológica, o Delta do Parnaíba abriga comunidades tradicionais que vivem da pesca, do artesanato e do turismo sustentável. Os pescadores de caranguejo percorrem os igarapés em pequenas canoas, enquanto as rendeiras mantêm viva a tradição das redes de bilro, um dos ofícios mais antigos da região.

Como visitar o Delta do Parnaíba e região?

Para saber mais sobre todas essas curiosidades, aprender sobre o Delta, contrate uma agência responsável e local, com guias nativos do nosso delta, para mostrar com responsabilidade o nosso santuário ecológico.

Qual a melhor época? De maio a dezembro.

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